PAINEL
TEMÁTICO ACADÊMICO: DAS SENZALAS ÀS FAVELAS: ANALISANDO OS IMPACTOS E PROBLEMAS
SOCIAIS PÓS-ABOLIÇÃO
1. ELIVANE SOUZA SILVA JARDIM LACERDA
JACINTO JARDIM LACERDA
MARIA APARECIDA JARDIM LACERDA
MARIVALDA GUIMARÃES LIMA
PATRICIA GUIMARÃES LIMA
RENATA
CARDOSO JARDIM
RITA DE CÁSSIA MARTINS MARQUES LACERDA
2. Curso
Licenciatura em História
3. Instituição
FTC EAD
RESUMO
Esse Painel Temático
discute as variáveis mais importantes nos processos de pós-abolição no Brasil,
dando destaque as influências socioculturais e aos impactos desse fato
histórico em nossa sociedade hoje em dia. Procura-se inserir o caso brasileiro
e sua especificidade e se detém na análise do atual quadro sociocultural e
econômico das famílias pobres, descendentes de escravos, e sua consequente
marginalização social. Utiliza diversas
fontes no intuito de somar conhecimentos acerca da temática proposta,
principalmente à leitura e pesquisa de artigos, jornais revistas e materiais
audiovisuais.
Palavras-chave: pós-abolição;
marginalização; cidadania, diferenças sociais.
INTRODUÇÃO
As visões da última geração de escravos brasileiros sobre
seus planos e destinos, após o 13 de maio, finalmente começam a emergir como um
dos problemas históricos cruciais na historiografia brasileira sobre o período.
Pois, como é fato notório em nossa sociedade, após a assinatura da Lei Áurea,
os descendentes de africanos escravizados conquistaram a liberdade, mas não a
cidadania. A maioria desses recém-libertados escravos, sem ter para onde ir,
nem quem os acolhessem, dirigiram-se para os morros das grandes capitais, dando
início ao processo de “Favelização”.
Os anos pós-Abolição, com o subemprego, a
própria favelização, o preconceito aonde chegava em razão da cor de sua pele e
a discriminação racial que sofria ao bater as portas do mercado de trabalho e a
marginalização, mostrou aos recém libertados a outra face daquela que seria a
“lei redentora” e dissipou suas esperanças de uma vida melhor como emancipada.
No pós-Abolição o negro além da vida
miserável a que lhe reduziram ainda tinha que suportar as duras palavras dos
antigos aliados brancos abolicionistas quando se lamentava do seu infortúnio,
de que não tinha do que reclamar, pois todos os seus problemas foram resolvidos
com a Lei Áurea, não era mais escravo.
Em uma reflexão maior podemos perceber que
todas as circunstâncias e contextos da época, empurraram o negro para a margem
de nossa sociedade, uma vez que liberto, sem poder voltar para o campo, esse já
tomado pelos imigrantes europeus, e sem poder ficar nas cidades, só lhes
restaram um lugar onde pudesse construir suas moradias e ciar seus filhos, os
morros e periferias das grandes capitais.
Ali, sem nenhuma assistência social, sem
apoio dos governos e sem garantias de uma vida melhor e mais digna, os negros
vagavam como espectros de uma sociedade e de um País que ainda relutava em lhes
reconhecer como cidadãos brasileiros livres.
OBJETIVOS
Promover a
aprendizagem e a reflexão acerca da História do negro em nossa sociedade por
meio de discussões temáticas, tornando as aulas mais dinâmicas para que haja um
melhor rendimento na busca do conhecimento.
METODOLOGIA
A metodologia deste Painel apresenta basicamente as seguintes
etapas:
1) Etapa de Revisão Bibliográfica - Esta etapa foi realizada
principalmente no início do desenvolvimento do painel. Nesta fase foram
revisadas, na literatura, revistas, jornais e mídias sociais existente, todas
as informações disponíveis sobre a situação do negro pós-abolição, os impactos
sociais e culturais após a assinatura da lei Áurea, e o processo de
marginalização e favelização do negro.
2) Formulação de ideias para discussão do tema - A hipótese
apresentada neste Painel é a de que, sem nenhuma assistência social, sem apoio dos governos e sem
garantias de uma vida melhor e mais digna, os negros foram empurrados para os
morros e periferias das grandes cidades, dando inicio ao processo de
favelização e marginalização.
3) Esclarecimento dos objetivos pretendidos com o Painel-
Descreve-se os objetivos que se pretende alcançar com a elaboração e realização
desse Painel Temático.
4) Avaliação Crítica da Metodologia Proposta e das ideias
discutidas
5) Conclusões e Referências - As conclusões e referências
propostas são resultantes da avaliação do conteúdo estudado para a construção
do Painel.
CONCLUSÃO
A metodologia elaborada neste Painel atendeu ao objetivo
proposto, que foi de provocar uma discussão crítico-analítica cerca dos
problemas e impactos do pós-abolição em nossa sociedade, bem como sua relação
com o processo de favelização brasileira.
É preciso acreditar que a problemática racial vivida pelos negros
após a publicação da Lei Áurea, não se restrinja de fato, ás primeiras décadas
do século assado, mas são facilmente notáveis e perceptíveis até os dias
atuais. Uma vez que, a própria historiografia recente tem tentado contribuir
para uma avaliação crítica do que de fato significou a Abolição e as primeiras
décadas do pós-emancipação, seus impactos e influências na sociedade da época e
de agora. Uma coisa, no entanto, é certa: o legado da opressão e do racismo, da
exclusão social, e a favelização dos grandes centros urbanos, foi um dos
aspectos mais importantes da trágica herança da escravidão.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FILHO, Walter Fraga. Uma história do negro no Brasil.
Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Democracia racial. São
Paulo: 2003. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/sociologia/asag/. Acesso em
26 de Janeiro. 2012.
ARANTES, José Tadeu. No
rastro de Zumbi. História viva. Edição Especial Temática nº. 3, 2006.
(Artigo adaptado).
BACKES, José Licínio. Articulando
raça e classe: efeitos para a construção da identidade afro descendente.
São Paulo: 2006. Disponível em:
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_igualdade_que_nao_veio_imprimir.html
. Acesso em 27 de Jan. de 2012.
MACHADO, Maria Helena. O
plano e o pânico: os movimentos sociais na década da abolição. Rio de
Janeiro: UFRJ/EDUSP, 1994.
FERNANDES, FLorestan. A
integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Ática, 1978.
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