sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

LEITURA DA SEMANA: GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL

638596 Santos Dumont não inventou o avião. A origem da feijoada é europeia. Aleijadinho é um personagem literário. Zumbi tinha escravos. Essas são algumas máximas defendidas pelo jornalista Leandro Narloch em seu livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” (Ed. Leya, 319 páginas).

A pesquisa do autor, de 31 anos que já foi repórter da revista "Veja" e editor da "Aventuras na História" e da "Superinteressante", pretende desvendar algumas máximas históricas que aprendemos desde o primário com os livros didáticos.  
A primeira hipótese levantada por Narloch é que os
índios já se matavam em guerras travadas internamente muito antes dos portugueses chegarem aqui. Os tupi-guaranis, por exemplo, lutavam com outras tribos para expandir seu território de norte a sul do Brasil. Além disso, os indígenas usavam a guerra como sinônimo de poder. Os homens que venciam as batalhas ganhavam respeito e recebiam direito de casar. Os portugueses, em princípio, precisavam dos índios como aliados para desbravar e conseguir comida dentro da mata fechada. Narloch salienta ainda que ao desembarcar das caravelas, os europeus estariam fragilizados, desnutridos e muito doentes para conseguir enfrentar milhões dos que já estavam por aqui.
Em nove capítulos, além de argumentar sobre os reais motivos que levaram Brasil e Inglaterra a travar guerra com o Paraguai, o jornalista dá cinco razões que para ele comprovam que Santos Dumont não inventou nem o relógio de pulso, nem o avião. Ele fica com a versão de que os Irmãos Wright é que na verdade conseguiram fazer um objeto mais pesado que o ar voar. O 14 Bis não teria propriamente voado, mas dava “pulinhos”. Em 1903, muito antes do primeiro vôo registrado pro Dumont em 1906 no Campo de Bagatelle, os norte-americanos já atiravam protótipos em uma espécie de estilingue e existem registros das primeiras experiências ao ar livre.
Na obra Leandro Narloch apresenta suas versões com embasamento e argumentos fortes. “Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos [os tipos ‘militantes’, esforçados em traçar uma história forçada], e sim uma provocação”, escreve na introdução. Logo no início da obra inclusive o autor coloca um formulário que narra “A história do país X”, os fatos enumerados são comuns ao desenvolvimento de diversas nações e Narloch pede ao leitor que preencha as lacunas com os nomes que julgar melhor.  Depois de anos e de gerações estudando a mesma versão de fatos históricos não é tão simples digerir uma contestação tão veemente. Com certeza deixa-nos com uma pulga atrás da orelha.

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