segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PAINEL TEMÁTICO ACADÊMICO: DAS SENZALAS ÀS FAVELAS: ANALISANDO OS IMPACTOS E PROBLEMAS SOCIAIS PÓS-ABOLIÇÃO


PAINEL TEMÁTICO ACADÊMICO: DAS SENZALAS ÀS FAVELAS: ANALISANDO OS IMPACTOS E PROBLEMAS SOCIAIS PÓS-ABOLIÇÃO


1. ELIVANE SOUZA SILVA JARDIM LACERDA
    JACINTO JARDIM LACERDA
    MARIA APARECIDA JARDIM LACERDA
    MARIVALDA GUIMARÃES LIMA
    PATRICIA GUIMARÃES LIMA
    RENATA CARDOSO JARDIM
    RITA DE CÁSSIA MARTINS MARQUES LACERDA



2. Curso
    Licenciatura em História



3. Instituição
    FTC EAD
RESUMO

Esse Painel Temático discute as variáveis mais importantes nos processos de pós-abolição no Brasil, dando destaque as influências socioculturais e aos impactos desse fato histórico em nossa sociedade hoje em dia. Procura-se inserir o caso brasileiro e sua especificidade e se detém na análise do atual quadro sociocultural e econômico das famílias pobres, descendentes de escravos, e sua consequente marginalização social.  Utiliza diversas fontes no intuito de somar conhecimentos acerca da temática proposta, principalmente à leitura e pesquisa de artigos, jornais revistas e materiais audiovisuais.

Palavras-chave: pós-abolição; marginalização; cidadania, diferenças sociais.

INTRODUÇÃO

As visões da última geração de escravos brasileiros sobre seus planos e destinos, após o 13 de maio, finalmente começam a emergir como um dos problemas históricos cruciais na historiografia brasileira sobre o período. Pois, como é fato notório em nossa sociedade, após a assinatura da Lei Áurea, os descendentes de africanos escravizados conquistaram a liberdade, mas não a cidadania. A maioria desses recém-libertados escravos, sem ter para onde ir, nem quem os acolhessem, dirigiram-se para os morros das grandes capitais, dando início ao processo de “Favelização”. 
Os anos pós-Abolição, com o subemprego, a própria favelização, o preconceito aonde chegava em razão da cor de sua pele e a discriminação racial que sofria ao bater as portas do mercado de trabalho e a marginalização, mostrou aos recém libertados a outra face daquela que seria a “lei redentora” e dissipou suas esperanças de uma vida melhor como emancipada.
No pós-Abolição o negro além da vida miserável a que lhe reduziram ainda tinha que suportar as duras palavras dos antigos aliados brancos abolicionistas quando se lamentava do seu infortúnio, de que não tinha do que reclamar, pois todos os seus problemas foram resolvidos com a Lei Áurea, não era mais escravo.
Em uma reflexão maior podemos perceber que todas as circunstâncias e contextos da época, empurraram o negro para a margem de nossa sociedade, uma vez que liberto, sem poder voltar para o campo, esse já tomado pelos imigrantes europeus, e sem poder ficar nas cidades, só lhes restaram um lugar onde pudesse construir suas moradias e ciar seus filhos, os morros e periferias das grandes capitais.
Ali, sem nenhuma assistência social, sem apoio dos governos e sem garantias de uma vida melhor e mais digna, os negros vagavam como espectros de uma sociedade e de um País que ainda relutava em lhes reconhecer como cidadãos brasileiros livres.

OBJETIVOS

Promover a aprendizagem e a reflexão acerca da História do negro em nossa sociedade por meio de discussões temáticas, tornando as aulas mais dinâmicas para que haja um melhor rendimento na busca do conhecimento.

METODOLOGIA
A metodologia deste Painel apresenta basicamente as seguintes etapas:
1) Etapa de Revisão Bibliográfica - Esta etapa foi realizada principalmente no início do desenvolvimento do painel. Nesta fase foram revisadas, na literatura, revistas, jornais e mídias sociais existente, todas as informações disponíveis sobre a situação do negro pós-abolição, os impactos sociais e culturais após a assinatura da lei Áurea, e o processo de marginalização e favelização do negro.
2) Formulação de ideias para discussão do tema - A hipótese apresentada neste Painel é a de que,  sem nenhuma assistência social, sem apoio dos governos e sem garantias de uma vida melhor e mais digna, os negros foram empurrados para os morros e periferias das grandes cidades, dando inicio ao processo de favelização e marginalização.
3) Esclarecimento dos objetivos pretendidos com o Painel- Descreve-se os objetivos que se pretende alcançar com a elaboração e realização desse Painel Temático.
4) Avaliação Crítica da Metodologia Proposta e das ideias discutidas
5) Conclusões e Referências - As conclusões e referências propostas são resultantes da avaliação do conteúdo estudado para a construção do Painel.

CONCLUSÃO
A metodologia elaborada neste Painel atendeu ao objetivo proposto, que foi de provocar uma discussão crítico-analítica cerca dos problemas e impactos do pós-abolição em nossa sociedade, bem como sua relação com o processo de favelização brasileira.
É preciso acreditar que a problemática racial vivida pelos negros após a publicação da Lei Áurea, não se restrinja de fato, ás primeiras décadas do século assado, mas são facilmente notáveis e perceptíveis até os dias atuais. Uma vez que, a própria historiografia recente tem tentado contribuir para uma avaliação crítica do que de fato significou a Abolição e as primeiras décadas do pós-emancipação, seus impactos e influências na sociedade da época e de agora. Uma coisa, no entanto, é certa: o legado da opressão e do racismo, da exclusão social, e a favelização dos grandes centros urbanos, foi um dos aspectos mais importantes da trágica herança da escravidão.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FILHO, Walter Fraga. Uma história do negro no Brasil. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Democracia racial. São Paulo: 2003. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/sociologia/asag/. Acesso em 26 de Janeiro. 2012.
ARANTES, José Tadeu. No rastro de Zumbi. História viva. Edição Especial Temática nº. 3, 2006. (Artigo adaptado).
BACKES, José Licínio. Articulando raça e classe: efeitos para a construção da identidade afro descendente. São Paulo: 2006. Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_igualdade_que_nao_veio_imprimir.html . Acesso em 27 de Jan. de 2012.
MACHADO, Maria Helena. O plano e o pânico: os movimentos sociais na década da abolição. Rio de Janeiro: UFRJ/EDUSP, 1994.
FERNANDES, FLorestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Ática, 1978.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

VÍDEO DA SEMANA: A HISTÓRIA DAS COISAS

A História das Coisas é um documentário de 20 minutos, que vai direto ao ponto: como colaboramos diariamente pra destruir o planeta. Mostra passo a passo a cadeia de eventos que vai da exploração dos recursos naturais, passando pelo produto manufaturado, a compra e o descarte, até chegar ao lixão. Mas o diferencial aqui é que não é um documentário no estilo BBC ou National Geographic. É explicado com desenhos (toscamente) animados, e numa linguagem simples (sem ser simplista) que se torna interessante e compreensível até para crianças pequenas.

LEITURA DA SEMANA: GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL

638596 Santos Dumont não inventou o avião. A origem da feijoada é europeia. Aleijadinho é um personagem literário. Zumbi tinha escravos. Essas são algumas máximas defendidas pelo jornalista Leandro Narloch em seu livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” (Ed. Leya, 319 páginas).

A pesquisa do autor, de 31 anos que já foi repórter da revista "Veja" e editor da "Aventuras na História" e da "Superinteressante", pretende desvendar algumas máximas históricas que aprendemos desde o primário com os livros didáticos.  
A primeira hipótese levantada por Narloch é que os
índios já se matavam em guerras travadas internamente muito antes dos portugueses chegarem aqui. Os tupi-guaranis, por exemplo, lutavam com outras tribos para expandir seu território de norte a sul do Brasil. Além disso, os indígenas usavam a guerra como sinônimo de poder. Os homens que venciam as batalhas ganhavam respeito e recebiam direito de casar. Os portugueses, em princípio, precisavam dos índios como aliados para desbravar e conseguir comida dentro da mata fechada. Narloch salienta ainda que ao desembarcar das caravelas, os europeus estariam fragilizados, desnutridos e muito doentes para conseguir enfrentar milhões dos que já estavam por aqui.
Em nove capítulos, além de argumentar sobre os reais motivos que levaram Brasil e Inglaterra a travar guerra com o Paraguai, o jornalista dá cinco razões que para ele comprovam que Santos Dumont não inventou nem o relógio de pulso, nem o avião. Ele fica com a versão de que os Irmãos Wright é que na verdade conseguiram fazer um objeto mais pesado que o ar voar. O 14 Bis não teria propriamente voado, mas dava “pulinhos”. Em 1903, muito antes do primeiro vôo registrado pro Dumont em 1906 no Campo de Bagatelle, os norte-americanos já atiravam protótipos em uma espécie de estilingue e existem registros das primeiras experiências ao ar livre.
Na obra Leandro Narloch apresenta suas versões com embasamento e argumentos fortes. “Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos [os tipos ‘militantes’, esforçados em traçar uma história forçada], e sim uma provocação”, escreve na introdução. Logo no início da obra inclusive o autor coloca um formulário que narra “A história do país X”, os fatos enumerados são comuns ao desenvolvimento de diversas nações e Narloch pede ao leitor que preencha as lacunas com os nomes que julgar melhor.  Depois de anos e de gerações estudando a mesma versão de fatos históricos não é tão simples digerir uma contestação tão veemente. Com certeza deixa-nos com uma pulga atrás da orelha.

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Interdisciplinaridade no ensino de História

6F915 As Diretrizes Curriculares Nacionais orientam para a relação e aproximação das disciplinas, com o intuito pedagógico da interdisciplinaridade, da contextualização, da identidade, da diversidade e autonomia. No ensino da História, por exemplo, é possível trabalhar conteúdos que abrangem a Geografia, a Literatura, a Filosofia, a Biologia, a Química e muitos outros. Portanto, na área do conhecimento referente à História estão inseridos os mais variados aspectos que devem ser explorados.

A interdisciplinaridade “trata-se de um movimento, um conceito e uma prática que está em processo de construção e desenvolvimento”, portanto é um elemento necessário para a didática e para a execução da difusão do conhecimento. Existem ainda vários níveis de interdisciplinaridade, que pode ir do diálogo à integração ou superação das fronteiras entre as disciplinas. Para ficar mais claro apresentamos essa definição:

Interdisciplinaridade é a integração de dois ou mais componentes curriculares na construção do conhecimento. A interdisciplinaridade surge como uma das respostas à necessidade de uma reconciliação epistemológica, processo necessário devido à fragmentação dos conhecimentos ocorrido com a revolução industrial e a necessidade de mão de obra especializada. A interdisciplinaridade buscou conciliar os conceitos pertencentes às diversas áreas do conhecimento a fim de promover avanços como a produção de novos conhecimentos ou mesmo, novas sub-áreas. (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Interdisciplinaridade> Acesso em 25 Mar 2010)

E investigando mais a fundo podemos descobrir a existência de quatro dimensões que são individualmente relacionadas entre si e todas delimitam uma abordagem científica e educacional: Pluridisciplinaridade; Multidisciplinaridade; Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade.

A prática interdisciplinar é um “esforço de superar a fragmentação do conhecimento, tornar este relacionado com a realidade e os problemas da vida moderna. Muitos esforços têm sido feitos neste sentido na educação. Na ciência, por sua vez, os esforços estão na busca de respostas, impossíveis com os conhecimentos fragmentados de uma única área especializada.” (Idem) A aplicação dos métodos que aplicam a interdisciplinaridade para o ensino da História é uma necessidade que visa facilitar o trabalho do professor e melhorar o desempenho do aluno.

A interdisciplinaridade busca, fundamentalmente, a relação entre as disciplinas no momento de enfrentar temas de estudo. De acordo com Hernández (1998) pode-se situar a prática interdisciplinar em pelo menos três eixos:

  • a) Como forma de sabedoria, como um sentido do conhecimento que se baseia na busca de relações que ajude a compreender o mundo no qual vivemos a partir de uma dimensão de complexidade;
  • b) Como referência epistemológica que restabelece ‘o pensamento atual como problema antropológico e histórico chave’, o que leva a abordar e pesquisar problemas que vão além da compartimentação disciplinar;
  • c) Como concepção do currículo que adota formas tão díspares como a que coloca globalização na seqüência de programação desde a qual podem relacionar conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, como propõem as atuais reformas de países como o Brasil e a Espanha (p.34).

A utilização de materiais diversificados no ensino da História propicia uma maior exploração e visualização do conteúdo com enfoques diferentes, que vai de acordo com o objetivo desejado pelo professor. O livro didático não deve ser o único instrumento de ensino em uma sala de aula, pois isso limita a criatividade do professor e torna o ensino medíocre. Com o intuito de se aproximar mais do conhecimento do aluno, o professor deve utilizar também um linguagem mais simples e acessível, porém com riqueza de propostas educativas possibilitando a interdisciplinaridade.

Conforme Silva (1995, p.196), a questão do multiculturalismo na ação educativa, também é válida para a interdisciplinaridade, pois “(…) um multiculturalismo crítico certamente não propõe um encerramento e um fechamento cultural. Pelo contrário, uma perspectiva multicultural crítica supõe pontos de contato entre as culturas, capacidades de tradução entre elas”.

A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, como já foi dito, são exigências formais dos currículos nacionais (Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e Médio).  Esses conceitos são mais claros nos documentos para o Ensino Fundamental, onde a disciplina de História se mantém como específica e a partir desse campo são traçados conteúdos e procedimentos compartilhados com outras disciplinas, bem como podem ser abordados também outros tópicos transdisciplinares.

REFERÊNCIAS:
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Tradução Jussara Haubert Rogrigues. – Porto Alegre: ArtMed, 1998.

SILVA, Tomaz Tadeu.  Os novos mapas culturais e o lugar do currículo numa paisagem pós-moderna.  In: SILVA e MOREIRA (orgs.).  Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais.  Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

http://www.ichs.ufop.br/perspectivas/anais/GT1502.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Interdisciplinaridade

OS SOCIALISMOS DO SÉCULO XIX: ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS, CULTURAIS E SOCIAIS.


O Socialismo surgiu basicamente da exploração a que os operário europeus estavam sujeitos logo após o início da revolução Industrial na Grã-Bretanha, no século XVIII. Essa exploração da classe operária fez com que muitas pessoas, entre eles grandes pensadores, com ideias humanitárias e progressistas, levantassem suas vozes, denunciando e buscando soluções para os males que afligiam as classes desfavorecidas. Nesse contexto histórico, surge o que muitos historiadores denominam de “Socialismo Utópico”.
Após essa fase do socialismo utópico, e já na metade do século XIX, há uma separação do movimento socialista, que atrai as discussões ideológicas para dois polos distintos: o Marxismo e o anarquismo. Ao mesmo tempo em que o movimento operário começava a adquirir força no Reino Unido, França e em outros países onde a industrialização progredia, a classe proletária pôde enxergar uma solução no socialismo, que figurava como “um acervo de ideias que tinha como objetivo a implantação de um modelo de sociedade mais justa”, para extinguir a sociedade de classes, “na qual os capitalistas exploram os trabalhadores”.
Essa insatisfação e esse desejo de mudança foram reforçados com as ideias de Karl Marx e Friedrich Engels, dois grandes pensadores alemães que dispuseram de um conjunto de ideias necessárias para a instauração de uma sociedade plenamente socialista. Essas ideias surgiram a partir de um estudo crítico e amplo acerca do capitalismo e seus impactos na vida das pessoas.
Esse estudo apurado do capitalismo possibilitou a esses pensadores ciar meios de produção socializados, onde toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outras, seriam de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Ou seja, “toda a riqueza gerada pelos processos produtivos seria igualmente dividida entre todos”.
Num aspecto sociocultural e político, o socialismo do século XIX pregava a Inexistência de sociedade dividida em classes. Com essa ideia, os seus pensadores acreditavam que os meios de produção devem pertencer à sociedade, e que “existe somente uma classe; a dos proletários”. Todos trabalhariam em conjunto e com o mesmo propósito que é o de melhorar a sociedade. Eles acreditavam que assim não existiriam nem empregados e nem patrões.
Isso se percebe melhor ao analisarmos a economia socialista do século XIX, onde a economia era planificada e controlada pelo Estado. Ou seja, é papel do Estado realizar o controle de todos os segmentos da economia, sendo também responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc. Essas ideias iam em total confronto às ideias capitalistas, onde nesse regime é o próprio mercado que controla a economia.
Para Marx e Engels a história da humanidade tem sido a história da luta de classes, ou seja, a luta entre “patrícios e plebeus na sociedade romana, senhores feudais e servos da gleba na sociedade medieval, burgueses e proletários na sociedade capitalista”. A produção econômica e a organização social que dela resultam necessariamente para cada época da história política e intelectual dessa época, ou seja, o materialismo histórico.
Segundo essa doutrina, caberia à classe operaria o papel histórico de transformar pela revolução a sociedade capitalista, através do estabelecimento da ditadura do proletariado e da supressão da propriedade privada. A ditadura do proletariado marcaria o advento do socialismo, como fase de transição de uma sociedade capitalista, baseada na propriedade privada e na existência de classes para uma sociedade comunista, baseada na inexistência de classes e na propriedade social dos meios de produção.
Infelizmente fora dos livros essas ideias não deram muito certo

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