sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

OS SOCIALISMOS DO SÉCULO XIX: ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS, CULTURAIS E SOCIAIS.


O Socialismo surgiu basicamente da exploração a que os operário europeus estavam sujeitos logo após o início da revolução Industrial na Grã-Bretanha, no século XVIII. Essa exploração da classe operária fez com que muitas pessoas, entre eles grandes pensadores, com ideias humanitárias e progressistas, levantassem suas vozes, denunciando e buscando soluções para os males que afligiam as classes desfavorecidas. Nesse contexto histórico, surge o que muitos historiadores denominam de “Socialismo Utópico”.
Após essa fase do socialismo utópico, e já na metade do século XIX, há uma separação do movimento socialista, que atrai as discussões ideológicas para dois polos distintos: o Marxismo e o anarquismo. Ao mesmo tempo em que o movimento operário começava a adquirir força no Reino Unido, França e em outros países onde a industrialização progredia, a classe proletária pôde enxergar uma solução no socialismo, que figurava como “um acervo de ideias que tinha como objetivo a implantação de um modelo de sociedade mais justa”, para extinguir a sociedade de classes, “na qual os capitalistas exploram os trabalhadores”.
Essa insatisfação e esse desejo de mudança foram reforçados com as ideias de Karl Marx e Friedrich Engels, dois grandes pensadores alemães que dispuseram de um conjunto de ideias necessárias para a instauração de uma sociedade plenamente socialista. Essas ideias surgiram a partir de um estudo crítico e amplo acerca do capitalismo e seus impactos na vida das pessoas.
Esse estudo apurado do capitalismo possibilitou a esses pensadores ciar meios de produção socializados, onde toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outras, seriam de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Ou seja, “toda a riqueza gerada pelos processos produtivos seria igualmente dividida entre todos”.
Num aspecto sociocultural e político, o socialismo do século XIX pregava a Inexistência de sociedade dividida em classes. Com essa ideia, os seus pensadores acreditavam que os meios de produção devem pertencer à sociedade, e que “existe somente uma classe; a dos proletários”. Todos trabalhariam em conjunto e com o mesmo propósito que é o de melhorar a sociedade. Eles acreditavam que assim não existiriam nem empregados e nem patrões.
Isso se percebe melhor ao analisarmos a economia socialista do século XIX, onde a economia era planificada e controlada pelo Estado. Ou seja, é papel do Estado realizar o controle de todos os segmentos da economia, sendo também responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc. Essas ideias iam em total confronto às ideias capitalistas, onde nesse regime é o próprio mercado que controla a economia.
Para Marx e Engels a história da humanidade tem sido a história da luta de classes, ou seja, a luta entre “patrícios e plebeus na sociedade romana, senhores feudais e servos da gleba na sociedade medieval, burgueses e proletários na sociedade capitalista”. A produção econômica e a organização social que dela resultam necessariamente para cada época da história política e intelectual dessa época, ou seja, o materialismo histórico.
Segundo essa doutrina, caberia à classe operaria o papel histórico de transformar pela revolução a sociedade capitalista, através do estabelecimento da ditadura do proletariado e da supressão da propriedade privada. A ditadura do proletariado marcaria o advento do socialismo, como fase de transição de uma sociedade capitalista, baseada na propriedade privada e na existência de classes para uma sociedade comunista, baseada na inexistência de classes e na propriedade social dos meios de produção.
Infelizmente fora dos livros essas ideias não deram muito certo

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