O Socialismo surgiu basicamente da exploração a que os
operário europeus estavam sujeitos logo após o início da revolução Industrial
na Grã-Bretanha, no século XVIII. Essa exploração da classe operária fez com
que muitas pessoas, entre eles grandes pensadores, com ideias humanitárias e
progressistas, levantassem suas vozes, denunciando e buscando soluções para os
males que afligiam as classes desfavorecidas. Nesse contexto histórico, surge o
que muitos historiadores denominam de “Socialismo Utópico”.
Após essa fase do socialismo utópico, e já na metade do
século XIX, há uma separação do movimento socialista, que atrai as discussões
ideológicas para dois polos distintos: o Marxismo e o anarquismo. Ao mesmo
tempo em que o movimento operário começava a adquirir força no Reino Unido,
França e em outros países onde a industrialização progredia, a classe
proletária pôde enxergar uma solução no socialismo, que figurava como “um
acervo de ideias que tinha como objetivo a implantação de um modelo de
sociedade mais justa”, para extinguir a sociedade de classes, “na qual os
capitalistas exploram os trabalhadores”.
Essa insatisfação e esse desejo de mudança foram reforçados
com as ideias de Karl Marx e Friedrich Engels, dois grandes pensadores alemães
que dispuseram de um conjunto de ideias necessárias para a instauração de uma
sociedade plenamente socialista. Essas ideias surgiram a partir de um estudo
crítico e amplo acerca do capitalismo e seus impactos na vida das pessoas.
Esse estudo apurado do capitalismo possibilitou a esses
pensadores ciar meios de produção socializados, onde toda estrutura produtiva,
como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outras, seriam
de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Ou seja, “toda a riqueza
gerada pelos processos produtivos seria igualmente dividida entre todos”.
Num aspecto sociocultural e político, o socialismo do século
XIX pregava a Inexistência de sociedade dividida em classes. Com essa ideia, os
seus pensadores acreditavam que os meios de produção devem pertencer à
sociedade, e que “existe somente uma classe; a dos proletários”. Todos trabalhariam
em conjunto e com o mesmo propósito que é o de melhorar a sociedade. Eles
acreditavam que assim não existiriam nem empregados e nem patrões.
Isso se percebe melhor ao analisarmos a economia socialista
do século XIX, onde a economia era planificada e controlada pelo Estado. Ou
seja, é papel do Estado realizar o controle de todos os segmentos da economia,
sendo também responsável por regular a produção e o estoque, o valor do
salário, controle dos preços e etc. Essas ideias iam em total confronto às
ideias capitalistas, onde nesse regime é o próprio mercado que controla a
economia.
Para Marx e Engels a história da humanidade tem sido a
história da luta de classes, ou seja, a luta entre “patrícios e plebeus na
sociedade romana, senhores feudais e servos da gleba na sociedade medieval,
burgueses e proletários na sociedade capitalista”. A produção econômica e a
organização social que dela resultam necessariamente para cada época da
história política e intelectual dessa época, ou seja, o materialismo histórico.
Segundo essa doutrina, caberia à classe operaria o papel
histórico de transformar pela revolução a sociedade capitalista, através do
estabelecimento da ditadura do proletariado e da supressão da propriedade
privada. A ditadura do proletariado marcaria o advento do socialismo, como fase
de transição de uma sociedade capitalista, baseada na propriedade privada e na
existência de classes para uma sociedade comunista, baseada na inexistência de
classes e na propriedade social dos meios de produção.
Infelizmente fora dos livros essas ideias não deram
muito certo
Seu artigo,me ajudou muito MEU PROFESSOR TEM QUE LER ISTO
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